10 junho 2008
Foto Agência Fotogarrafa
Os namorados II
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Essa elegia para os namorados,
que andam em silêncio pela praça morta
de passo leve, incerto como o sonho
a que se entregam solitariamente
é triste e breve como os namorados
e o seu amor da adolescência.
Morta
toda a ternura ficará e o sonho
também surgindo solitariamente
que este silêncio vence os namorados,
como um aviso fúnebre e fatal,
aparecendo em meio aos seus carinhos,
lembrando amor e sonho abandonados
e o riso frágil, rápido, irreal:
"tanto mais juntos quanto mais sozinhos."
H. Dobal
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